Isolantes tÉrmicos sintÉticos e naturais; impacto ambiental
São vários os isolantes naturais ou basicamente naturais: eles podem ser de origem mineral (lã de vidro, lã de rocha, vidro celular, lã de rocha, argila expandida…), vegetal (aglomerados de cortiça expandida, fibras celulósicas, aglomerados de fibra de madeira, lã de madeira, coco, sisal) ou mesmo animal (lã de ovelha...).
Todos estes materiais têm vantagens ambientais em relação a produtos sintéticos com origem no petróleo, embora elas possam ser muito relativas se considerarmos a questão da energia incorporada e da energia operacional dos edifícios onde os materiais isolantes são aplicados.
Por outro lado, muitos isolantes sintéticos têm uma elevada eficácia térmica - em média muito superior à dos isolantes tradicionais - o que possibilita poupanças de gás e eletricidade elevadas a nível da climatização dos edifícios e portanto, indiretamente, fortes reduções na emissão desses mesmos gases.
Há, de qualquer modo, aspetos particulares a cada material, que há que ter em conta. As nossas opções estão longe de se resumirem à questão da origem natural ou petrolífera e artificial dos isolantes térmicos.
Cada material tem a sua própria eficácia e pode envolver pormenores específicos que os podem tornar mais vantajosos ou menos vantajosos sob o ponto de vista ambiental. Eis algumas dicas, a este propósito, sobre os produtos mais utilizados nos nossos edifícios.
Fibras celulósicas e lã mineral
Têm normalmente um alto conteúdo de materiais reciclados, que pode chegar aos 90%. Materiais celulósicos compactos podem ser baratos e muitos eficazes termicamente, mas não são resistentes à água - nem são os mais adequados para fins específicos.
Mais infográficos como o anterior: aqui.
Lã de vidro
Alguns fabricantes estão a oferecer isolantes à base de lã de vidro como mais 70% de vidro reciclado. Os novos produtos não contêm formaldeído, o que é muito importante.
Produtos derivados do petróleo
Espumas leves como o Icynene são produtos ambientalmente benignos, sem interferência nos níveis de ozono da nossa atmosfera. Infelizmente, alguns dos agentes associados a sprays e a produtos injetados (poliuretanos) podem de facto ser ambientalmente negativos.
Na medida em que propiciam baixos consumos energéticos (por via de fortes reduções do uso de eletricidade e gás usados na climatização de edifícios) muitos dos painéis e espumas sintéticos (polistireno, poliuretano…) acabam por ser uma opção ambientalmente válida e vantajosa.
E há também que não esquecer ou minimizar a importância de algumas propriedades destes materiais - em termos de resistência térmica mas também em termos de resistência à humidade, ao fogo ou aos insetos e outros agentes biológicos - que os podem tornar únicos e mais vantajosos que os produtos naturais.
Mantas e aglomerados
Escolha produtos sem formaldeído. Produtos como aglomerados de cortiça e produtos reciclados do algodão estão entre as opções mais amigas do ambiente.
Ver: Materiais Isolantes Térmicos
